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Como lidar com o luto em datas comemorativas?

Lidar com o luto talvez seja a parte mais difícil de enfrentar quando perdemos alguém.

28 de maio

Por vezes, a saudade parece um sentimento complicado, ainda mais quando estamos próximos de datas comemorativas sem aquele ente querido.

Datas extremamente marcantes, como: dia das mães, dia dos pais e/ou datas de aniversários, podem balançar nosso coração, ainda mais se a pessoa for o motivo dessa comemoração. Certamente, será um dia de lembranças e saudades.
 
Durante este processo de luto, as primeiras datas podem ser as mais difíceis, pois trazem consigo maior sentimento de saudade e dor pela perda.
 
O processo de luto é bastante delicado e sempre muito pessoal, por isso, deve-se respeitar este momento, viver a dor e o tempo necessário para a recuperação. Afinal, não há fórmulas para não sentir essa dor, mas estar perto da família e amigos, pode com certeza ajudar. 
 
Estudiosos costumam dizer que o luto não tem cura, porque não é uma doença, mas tem uma trajetória que precisa ser elaborada. São cinco as etapas mais comentadas: a da negação, da depressão, da barganha, da raiva e da aceitação. Em muitos casos, não possuem uma ordem e nem acontecem da mesma forma para todas as pessoas. 
 
Dentro do processo de luto, essa trajetória é importantíssima para que haja a despedida sem culpa e sem arrependimentos.
  
De acordo com a psicóloga Elisabeth Kubler-Ross, as cinco fases que passamos após perder um ente querido podem ser descritas como:
 
Primeiro Estágio: Negação e isolamento - É o primeiro momento do luto, independentemente de como tomou conhecimento do fato, funciona como um para-choque. Consiste em um estado temporário do qual a pessoa não aceita a perda e prefere, às vezes, se isolar dos demais.
 
Segundo Estágio: Raiva - A segunda parte do luto se caracteriza quando não é mais possível negar o fato e o sentimento de revolta, inveja e ressentimento surgem. A raiva é expressa por emoções projetadas no ambiente externo e pelo sentimento de inconformismo. As atitudes da pessoa não têm justificativa plausível. A raiva só se torna patológica quando se torna crônica.
 
Terceiro Estágio: Barganha – A pessoa de luto começa a ter esperança de uma cura divina ou de um prolongamento da vida em troca de méritos que acredita ter ou ações que promete empreender.
 
Quarto Estágio: Depressão - Inclui sentimentos de debilitação e tristeza acompanhados de solidão e saudade. Essa fase requer muita conversa e intervenções ativas por parte dos que estão à sua volta, de modo a evitar uma depressão silenciosa. Isso porque só os que conseguem superar as angústias e as ansiedades são capazes de alcançar o próximo, a aceitação.
 
Quinto Estágio: Aceitação - Após externar sentimentos e angústias, inveja pelos os que não compartilham a dor, raiva pelos que não são obrigados a enfrentar a morte, lamento pela perda iminente da pessoa, a tendência é aceitar a condição de perda. Chega agora ao momento em que a saudade se torna mais sossegada, com mais paz, e começa a ter condições de se reorganizar na vida.
 
A esperança é o sentimento mais comum a todos os estágios do luto. Às vezes, não sabemos o que dizer a pessoa em situações assim, mas manifestar apoio, respeitar o espaço e se colocar à disposição, para quando ela sentir necessidade de um amigo ou parente próximo, já é transformador.
 
Se você que está lendo, for a pessoa que passa por este momento e não está conseguindo lidar com a perda, saiba que procurar por ajuda pode ser uma saída para melhorar.
 
Acompanhamento psicológico pode trazer benefícios a sua saúde tanto mental, quanto emocional. E lembre-se sempre, você nunca está sozinha (o).
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